Chego sem nenhuma ideia engatilhada, de quem está pronto a disparar. Leio o que escrevi ontem, sou levado a comentar. Se há artistas abstratos para quem a própria arte parece ser uma abstração, uma brincadeira, um “deixa ver se cola” é bom que diga que a arte abstrata se tratou duma evolução decisiva na mentalidade e capacidade de criação humana, ultrapassou-se a “mimésis”, o mimetismo, a imitação do real. Por outro lado, o “deixa ver se pega” acaba por ser um processo válido e validado ao longo dos tempos: tentativas e erros. Associado à própria ideia de artista, onde o homem chega a superar a obra, fazendo obra da sua personagem. O grande problema da validação, dar e reconhecer valor, algo que exige, pede conhecimento. Pode o conhecimento ser insuficiente, porque é sempre falível.
As palavras, no seu papel intermediário de elemento de comunicação, reflectem todas as dúvidas, todo o erro que pode derivar da certeza. Não sei que certezas possa existir em arte, ela depende da cultura, como tal varia; a mesma peça será vista de maneiras diferentes, diferente sendo a sua percepção. Porque até isso varia, duas pessoas diferentes olhando a mesma peça vêm peças diferentes. Não é um problema de visão, é mesmo diferença de mentalidades.
Gostei de ver os quadros do macaco Cosmo a serem expostos e leiloados, comparado o autor, por críticos de arte, a nomes grandes da criação artística. Reconhecendo "a posteriori" que, conhecido o seu nome e natureza de símio, o seu valor não podia, não devia…, ser semelhante ao de artistas reconhecidos. [Porquê? É macaco :)]
Já escrevi e quarta-feira foi.
quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009
arte abstrata
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