sexta-feira, 17 de julho de 2009

SUBSTÂNCIA DE VOO

Está decidido, ter um blog não me cativa. Gosto de partilhar alguns espaços, partilhar a blogosfera é espaço abrangente de mais?
Deixo esta pergunta a um deus ou deusa infecundo, uma pedra onde só vento e mar com tempo hão-de desenhar seu rosto, diferente de tudo, parecido com nada, para que a sua resposta me seja indiferente agora e para sempre.
Do agora prefiro deixar algo mais interessante (deus que responda?):

A passagem do tempo em metáforas
de envelhecimento e destruição,
não deixa de desaguar numa canção
cheia de apetite (pela vida?).
Descobrir a vida exposta do poema,
tentar passar da sua superfície
(para dentro ou para fora?).

O poema é o animal máquina,
infernal e seráfico como os serafins,
anjos e afins (escutar o silêncio?).
Cabe-nos ser poetas para acordar
as alegrias de alegorias
(estátuas antigas a ficar vazias?).

Gosto de poemas que se tocam
com a realidade, tocam a realidade
com a sua existência (uma boa prosa?).
Abrir as frases e pairar como as aves,
façamos o voo mais pesado que o fumo
(deixemos poisar as palavras?)...

Agora aquilo que fui pensando poema,
só falta ser verso(s_u
ave substância de voo suave?).

http://www.sobresites.com/poesia/forum/viewtopic.php?p=34715#34715