quinta-feira, 5 de agosto de 2010

CANTO CANTA(N)DO

canto o valor dos poemas
feitos para serem cantados, escrevo
ao som dum violão...

imagino as palavras
soltas na voz que as leva indo
à descoberta da Índia
mítica e antiga viagem
embarcando aventura e sonho
levo meus dedos sobre as cordas...

e é do sonho que deixo
o som do poema imaginado
feito sendo assim... (en)cantado!

[ex_acta_mente acabado
agora, para o POEMA DIA]

sábado, 24 de julho de 2010

DEDICATÓRIA

É o final da história. 
http://www.youtube.com/watch?v=kGYACultjCY&feature=channel
 
Dedico este blog à Mina, anónima fique como sempre quis. Não quero voltar a acordar de noite, sonhando-a semi- heterónimo, guardo essa ideia para a pensar acordado.

Agradeço comentários não comentados, assim acabando com esta atenção para quem * deu.

* ma = me + a

Equações simples são tão exactas como as mais complexas, desde que sejam demonstráveis e verificáveis.
É a Gramática demonstrável ou, ao escrevermos, existimos a um nível da consciência que, como ciência é indemonstrável? As demonstrações da Gramática radicam em exemplos da sua aplicação, aplicarmo-nos à gramática, eis o que entendo deve ser a prática da escrita: de modo algum, de algum modo? A conclusão deste blog, deixo-a para a conclusão de cada leitor, a cada leitura.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

O TUDO E O NADA

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QUEDA

caindo
sou queda

queda
continuo

caindo
em queda

queda
livre

sonho
queda

O TUDO E O NADA

Sou aquilo que escrevo, a comichão coçada, impressão reforçada: sou - o tudo e o nada.
Dás-te conta da sorte necessária para ter sorte? É o acaso completo!
Não é quando lês muito que és feliz, é quando lês sentindo o que lês.

terça-feira, 20 de julho de 2010

NÉCTAR


a palavra do poeta
poisa na Rosa
quer o mel

é um insecto
laborioso

dá da poesia néctar
Assim

DO EU DUM OUTRO A OUTRO EU, O OLÁ PODE SER UM "OI", é a prosa, é a p_rosa...

segunda-feira, 19 de julho de 2010

LINHA DO HORIZONTE



segunda-feira, 19 de Julho de 2010


LINHA DO HORIZONTE

O tempo poisa sobre o mar, deixando do seu contacto as ondas. Ele revela o seu estado de espírito, como as palavras quando escrevo isto. A minha poesia é prosa, onde a Rosa põe as suas raízes com uma ironia de quem sorri, sem chegar a rir. Fica-se por descobrir a graça com que uma garça branca voa, o balanço da sua corrida para se erguer no ar. A linha nítida tida nesta escrita, neste olhar, é a linha do horizonte.

Lendo Osho como o acho, servido pelas imagens do mar embaladas com serena música. Liberto uma ironia tão subtil como um perfume quase... impalpável. Leio: «A mente é actividade absoluta. A mente corre, o ser senta-se. A periferia move-se, o centro não se move (OSHO)». Tenho um termo, uma palavra capaz de aproximar o horizonte: haraquiri. Uso-a a rir, deixo a ligação a haraquíri.

Quando o mesmo é o mesmo, mesmo diferente, entrámos: aos poucos... começamos a dominar a linguagem da gente. Ir às essências é procurar e descobrir o prazer e arte das especiarias, este tempero que é o alimento da flor que alimenta e cria raízes no coração.

amizade
ultrapassa tudo
todas as fronteiras
dela podemos dizer
ter raízes no coração
sem conhecer barreiras
para a verdade
!

domingo, 18 de julho de 2010

O TRIPÉ "curta metragem"

PROJECTO DE R - COMENTÁRIO - FINAL
 
A personagem do filme, representando, faz de conta... lê de um papel em branco; deixando ver como o mesmo está em branco (o que permite que, antes de o mostrar, o tenha lido impresso com este texto, escrito à pressa ou, longamente elaborado!).

Não pensem que perdi muito tempo a memorizar ideias antes das soltar, deixando crescer um pensamento. Como não esperei por ele, é esperar e ver se ele vem. Torna-se necessário sair do filme e pensá-lo, saber como isso se faz. Deixa-se o filme acabar, de seguida, de forma reflexiva, antes que a memória comece a trair a experiência, vai-se à procura da essência das imagens. Não há uma ciência pessoal, nem social, apenas a experiência conta: é essa a essência.

FIM

sábado, 17 de julho de 2010

III - A ARTE

PROJECTO DE R (O TRIPÉ - "curta metragem")

Falta a Arte, alta, ficar erguida no tríptico onde tento abrir o tripé para o deixar em pé!
Efémera a forma do desenho  das letras, elas darão lugar ao texto impresso
e terão ido, no tido depois lido, após a sua passagem: é a ressurreição.
A Arte é a procura da transcendência. Se a arte da palavra estivesse na caligrafia, como esteve e sempre pode voltar a estar, seria no desenho e na pintura o se_u… repouso.
Desgraçado o fio do pensamento emaranha-se e deixa-me às aranhas, a teia das ideias a elas pertence e nelas o pensamento é a aranha imóvel a ver evoluir as ideias: essas pequenas aranhas filhas do pensamento, cuja sorte é fugirem e criarem suas próprias teias, transformando-se em pensamentos.
A biologia da Arte está por conta deste projecto, crescer e multiplicar as teias duma teia!
Nada mais há a acrescentar no ar, só fumo; fumo.
R

sexta-feira, 16 de julho de 2010

II - O GOSTO

PROJECTO DE R (O TRIPÉ - "curta metragem")

Gosto do desejo das letras, é um gosto. Gosto de escrever sobre o Gosto, determinando os seus princípios. Este é a sensibilidade eleita do s_eu leito, ergue-se e caminha.!. É um tesão, um prazer sentido, encontrado e t_ido à sua vinda. É a vida assente sobre princípios estéticos, numa Ética do Prazer, segundo uma Filosofia do Desejo.
̶  Tens bom gosto, tenho bom gosto, temos bom gosto. A afirmação fica feita assim, ao gosto do freguês?
Em quantas partes se divide uma parte que parte disto, procurando a arte da p_arte s_obrante da divida contraída pela vida?
Saber a resposta a isto dá, d_isto, uma certeza onde podemos errar de manhã à noite, sem que o dia nos canse. Eu sou o projecto onde me projecto, a palavra erguida em objecto  ̶  aceita ser observada com minúcia. A partir daqui... a partir do ir, dá lugar à arte a ficar.
R

quinta-feira, 15 de julho de 2010

I - O ACTOR

PROJECTO DE R (O TRIPÉ - "curta metragem")

O actor escreve a sua imagem? A hip! Ó tese + aceite é ser o realizador a escrever a imagem do actor, mas isso transformaria o actor em objecto; nada aceitável, para um Projecto de Representação.
Escrevo o meu projecto, desde esta f(R)ase indiferente em relação à objectiva [também ela ca(p)ta a minha imagem e vai focando o texto que escrevo], até à objectiva atenção assente sobre a mesma.
Hei-de declamar de forma performativa a atitude passiva do corpo projectando-se, objecto à luz da escrita, procurando a sobra das letras de s_obra!
Ergo a psicadélica do sonho, a sonhar com uma cadela (nome dado a uma bebedeira capaz de fazer andar de quatro). Feito o quadro, gesticulando mudo, dirijo-me à mais próxima parede (o texto autonomiza-se, faço o que quiser). Nela, como se fosse um muro, mudo. 
Olho, procurando, a sombra; visualizo a obra (passa a só se ver a escrita). Nesta altura volatilizo-me, de sólido a gasoso, sou o aéreo ar - da inspiração do momento!
R

quarta-feira, 14 de julho de 2010

MATÉRIA DO DIZER II

Um poema dá a ver um ritmo imprimido... escrita da matéria verbal, pede a compreensão a participação. Sendo matéria do dizer, o poema pede para ser dito. Toda a escrita pede para ser dita (a quem como eu acredita que a palavra  ̶  quer ser ouvida, para melhor ser sentida), que a leitura seja prolongada e feita "em voz alta". Deste modo damos vida às palavras do criador, estamos com ele...
Toda a arte, a Poesia em particular, é um lugar religioso do nosso ser. Por ele, arte e poesia, nos religamos unidos à Língua   ̶  esta entidade mágica   ̶  pessoal e supra-pessoal e vamos mais longe, partilhando a nossa existência com aqueles que partilham da essência do nosso pensamento se, com eles, conseguimos partilhar, ideias, pensamento, desejos e aspirações, através da inspiração ou da mais simples procura duma comunicação que não se satisfaz em seR... simples matéria do dizer, mesmo se saindo do nosso ser. Assim... como se esperássemos um leitor capaz de nos dar a atenção onde vamos estamos ficamos, com ou sem tensão, temos a intenção do texto produzido.
Eu, transformado, transformando-me em redactor dum Actor em Rede, actor na Net da palavra, vou realizando o meu ser... Posso ser seguido e descoberto aos poucos, aqui (in)discretamente faço um balanço biográfico da minha real idade.
Passei de personagem dum conto para autor de contos, conheci o Assim e comecei a tentar escrever Poesia. Agora acompanho a produção poética do Assim & Mim e descobri a Mina na sua prosa onde ousa ir tão longe que, penso conseguirá, deixa de ser "ela mesmo" para ser quem o autor conseguir imaginar. Este autor, um outro ou outra, de corpo inteiro. Ou alguém como eu, tirando de letra...
Tirando de letra, tudo que a palavra dá e a sua realidade promete
R

terça-feira, 13 de julho de 2010

MATÉRIA DO DIZER I

Um poema é um rosto, tapeçaria, fachada de edifício, obra em versos. Todas as coisas existem, poucas ganham existência e se destacam como obras de arte. SE. Se soubermos olhar, tudo é obra de arte... À falta de melhor explicação, Deus é o Criador do Universo! Cada coisa nos inspira, a sua presença, a sua simples existência, é revelação e dádiva.
Os poemas, das humanas obras, são das construções mais evidentes do desejo de perpetuar a matéria dum dizer.
O que é que se pede a um poema? Que nos pare... alimentando a nossa atenção, de forma a não nos ficarmos por um conteúdo. Ou seja, contrariamente a todas as outras obras, temos tendência a procurar dentro, sem bem chegarmos a olhar de fora.
Pessoa, no final duma vida dedicada à literatura, deixou um livro publicado. O que foi fazendo? Participações em revistas onde teorizou, analisou, criticou o fazer e o fenómeno poético. Criticado por amigos, por aparecer mais como crítico do que como poeta.
Fernando Pessoa deve ter desejado ensinar a ler o fenómeno poético indo na sua demanda, integrando-se nele, mostrando-se p_arte dele!
Pessoalmente, legou-me este desejo de compreender, desafiando a compreensão, do que seja o "outro" em que todo o autor se transforma para ser "ele mesmo" esse outro, ao qual tenta chegar: autor e leitor.
Entendo este artigo dessa forma, a história da página dum caderno onde escrevo, até a ter escrita. Um texto onde me entretenho a partilhar com o leitor (que também sou) uma visão da procura e recepção do fazer poético.
Se passa para a página seguinte, dum breve artigo passarei a um mais longo, duplo deste cujo suporte está a mudar. No caso, mudarei para a folha seguinte.

[Amanhã deixo II]

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Assim & Mim

CORAÇÃO

a tua atenção
desperta o meu carinho
fazendo ninho

feito assim...
em meu coração

tu - onde chegas ficas!
Assim

CARINHO

ser ninho feito
excesso sem defeito
palavra a eito...

em teu coração
quero poiso

quero e poiso, tu - poiso
Mim

domingo, 11 de julho de 2010

INTER ACÇÕES 2

RASTOS (a Fernando Cunha Lima)
às poetisas e poetas

olho as tuas Letras com atenção
nelas procurando ler de teu peito
o peso, a leveza, toda a emoção
tida até as levar a ter o seu efeito

rastreio o mapa da sensibilidade
julgando ver mais que estas mãos
que não se valem de habilidade
ao dedicar versos a meus irmãos?

vou até sentir lágrimas de risos
onde corre um rio fértil no poema
na busca de banhar vossos juízos

sou tímido em tirar uma conclusão
onde de não ter certeza vivo pena
esta com que escrevo pois então!
 

09.07.10

sábado, 10 de julho de 2010

INTER ACÇÕES 1

Os duetos são interacções, irei aqui deixando "inter acções"...

a tristeza a fome, toda a miséria
não sei mais que dar a meu azar
pois fugindo à polícia sem lograr
acabei injectando da vil matéria
tornando minha vida uma droga
maior do que se pode imaginar
para um calabouço vim meditar
até ler da Poesia que interroga
e me dá a pensar sem fantasia
ter muito mais do que merecia

sexta-feira, 9 de julho de 2010

ORAÇÃO(ÕES) DE FÉ

Só conseguimos dar o que os outros querem receber! A religião é um dado cultural, quanto mais religião, mais crença! Ora a crença é um dado primitivo, mas talvez o que nos criou homens e mulheres, portanto o que melhor nos identifica? Diria que Sim, essa seria a minha resposta. Mesmo difícil, pois como provar a identidade dada pela Fé? Tentando transmiti-la. Sempre discordei, sou contra Missionários que levem Deus aos pagãos. Desde logo porque, Deus, sendo uma crença que como todas as crenças é a realidade de quem a tem, é uma ameaça às crenças dos outros. Não há Deus sem Papa, Padres e seus apaniguados. Tu não podes aceitar isto, pois isto vai contra a tua crença. Tenho a certeza que sim. Este é o motivo da minha crença não ser a tua mas podendo ser, pois se Deus é Amor, Verdade, Luz, é tudo o que procuro na Poesia, indo esta muito mais longe e fundo: vida e mundo!
Se quero seguidores? Quero, quere_ria... o meu espírito missionário é diminuto: di_minuto... assim como aparece, desaparece.
O que fica, o que permanece, são as memórias que mantemos, as que cultivamos. Na esfera humana, sempre social, para os outros: eu gostaria de deixar a partilha, a amizade. Não como palavra substantiva, Amizade, como prática afectiva/efectiva, amizade.
A Fé, seja ela qual for, fé, ao nível prático, quotidiano, respirando da vida, inspirando-a! A fé deve ser uma prática, uma educação, uma crença em valores: família, pátria, amor e amizade. Vivemos num mundo descrente, à proporção da deseducação reinante onde, sob a ideia de "liberdade de imprensa", tudo se insinua e é a Verdade que (toda a palavra absoluta é eminentemente estúpida e sem solução) vai nua!...
[Dei ao Assim para rever... vou deixar com a sua assinatura, ele ainda me assassina, acaba-se esta sina ingrata de... prosador. Vou ter juízo, a frase dele fica sendo só esta, não dita, escrita (influenciou-me):
Esta oração já me chegou aos "ões"... é plural.!.
Assim]

SENTIR (UM)A MULHER

O meu poema deste dia
vai ser uma pequena história.
Vai ser em verso, para garanti-la
com alma de poesia e corpo poema.

Esta poesia é uma mulher
ainda a acordar de manhã agora
enquanto distraído penteio seu cabelo.

Tão lenta e longamente ela
se deixa pentear que seu cabelo
cresce, vai crescendo, sendo a escrita
deste penteado feito em verso.

Vou alternando o meu penteado
com passagens mais longas e mais
curtas, o penteado que estou a fazer-te...

Se a poesia te responde e nela
consegues encontrar, sentir a mulher,
melhor para ti que a penteias com estas
tuas ideias a vir às tuas mãos!

Queres continuar a sentir
estas minhas mãos descendo
lenta, lentamente, descendo devagar?

Goza bem esta última quadra:
o poema é este gozo e teu lazer...
aqui onde poema (te) aguarda
ser te_u pente  ̶  deixando nele prazer.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

TEUS VERSOS

a paz é um lugar maravilhoso
onde me sento a ler
teus versos
Assim

CHEGO À ÍNDIA

Quando olho para as coisas e sei o que elas são, se me lembro do seu nome, sei tudo? Penso que a resposta é frustrante, sei o que estou a ler? Até esta coisa de dizer o que sabemos, é o que sabemos, é isto. E isto é o suficiente para escrever as minhas histórias: leio os poetas e apetece-me sentir a Língua, escrever o que toco e vejo.
Toco o oco da Língua, penetro-a, eu mesma, euzinha, sensível e feminina, sinto-me marinheiro! Ergo vela e sou português quinhentista, partindo nas Descobertas. A minha descoberta é esta, permite-me descobrir o mastro viril apontando o céu, sem dar bandeira...
Gosto da minha viagem anónima, de nenhures para algures e vice-versa. Um círculo vicioso, gerando um círculo virtuoso. Sem epicentro, localiza-se no pálato, saboreio cada palavra «Até esta coisa de dizer o que sabemos». Quando chego à Índia, volto ao desejo inicial.
[Mina]

quarta-feira, 7 de julho de 2010

DO GESTO

I
a palavra eleva-se
len
ta
men
te
segue os seus
próprios s_o_n_s

II
forma-se
dentro de nós
soltos
ou
mais apertados

III
diz-se
através do gesto
onde escrita

IV
se faz nos versos

(dela
fica um nó
completamente
aberto... ou fechado)
Assim

 

Nunca pensei que acontecesse o que aconteceu, porque nada do acontecido foi pensado. Eu e meu irmão dormíamos juntos nas férias, éramos crianças. No ano em que atingi a maioridade que me deu direito a voto, que voto? Fiz os dezoito anos e era virgem, cheia de conversas, segredos, desejos e muitos beijos que deixava nos lábios. Nunca os havia descido mais a baixo dos lábios de namorados, eles nada sábios e eu temida de tão tímida. Jogava no cesto de papeis poesias românticas, não tinha coragem das dedicar ou deixar sequer ler por ninguém.
No dia dos meus anos, meu irmão, uns anos mais novo, pediu-me para se deitar na minha cama para falar comigo e fazermos companhia um ao outro como quando eu era criança. Fiquei a pensar que ele não queria que eu crescesse e ficasse "maior de idade", adulta, distante. Estávamos sós em casa, nossos pais estavam fora, preocupados comigo, connosco, muito mais preocupados com o pai de meu pai a quem estavam a tratar, lá longe.
Porque não ficámos a conversar na sala? A ideia era precisamente o carinho e conforto de mergulhar num lugar de sonhos, a cama. Foi o último dia em que fui menina, o meu irmão, quase um menino, fez-(se)me mostrando ser um homem.!. Perdi a virgindade e tudo o mais que isso felizmente acarretou, descobri a felicidade do sexo. Também nunca mais meu irmão dormiu comigo, acho que no dia seguinte começou a namorar com uma amiga (minha, nossa...) da minha idade. Nunca contei esta história a ninguém, quando tiver um irmão, ele como eu, não voltaremos a contar esta história.
(Mais uma história para o cesto)
[Mina]

terça-feira, 6 de julho de 2010

A ROSA

Hoje vou deixar de ser Mina, menino ou menina. Pai-Piti-Pã, reencarno um espírito do Haiti... vou ler e escrever para si a partir de PÁRA-RAIO DE LOUCOS, de Borboleta.
PÁRA-RAIO DE LOUCOS chega-me do Brasil com capa amarela e a insinuação, no grafismo, da presença de pontos de pontuação. Entre eles, a barriga alta dum ponto de interrogação? Além do título, o autor, borboleta, vem a negrito em letras minúsculas. Falta mencionar a editora Assis/Editora, está feito um parágrafo para a capa.
Abrindo o livro, leio nas orelhas. É aqui que me transformo ao ler Pai-Piti-Pã, pois é ele o autor duma leitura que chama a nossa atenção para o livro. O que diz ele? Resumir dá-me vontade de sumir, mas... vou passar o inicio... começa com breve diálogo que vale a pena ler! O livro existe, procurem-no. Se alguém se confessar, talvez venha a deixar o endereço. Não é promessa, para já sem pressa, ainda só espreitei para as páginas interiores.
O livro agrada-me. Quanto ao autor, pode não ser índio mas lê-se logo abaixo do copyrigth© by Fábio Amorim de Matos Júnior:
«Por idiossincrasia do autor, o presente livro não adopta as regras estabelecidas pelo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 1990, que entrou em vigor no Brasil em 2009.»
Com toda esta informação comecei a folhear o livro, com cuidado, sem o desfolhar, mantendo suas pétalas no lugar, como se ele fora, e neste momento é, a Rosa.
Vou deixar aquele que é, aqui no Diário de Letras, salvo erro, o primeiro dueto. Mereci? Mérci!...


Amor de Manhã (para F. Coimbra)

04-vii-10 
Não és imortal! és chama 
e assim, dos teus finitos 
os meus sentidos acordes. 
 
 Quero este sol que me chama 
perto do que seja grito 
desperto da noite acordes.  
 
 Dos teus abraços me invadas 
Inundem de luz palavras 
Felizes de apenas ser 
 
 Amar-te assim e mais nada 
Na nua poesia que lavras 
Das pronúncias do prazer
 
Eliane Guaraldo
Respondi:

VELEJANDO
a Eliane Guaraldo

procuro a Poesia
para aprender a cantar
esta minha fantasia
de te poder encantar?

na verdade escrevo
o que me fascina;
onde vive um trevo
da sorte, nesta página?

como o encontrar
plantado nesta tela
semeado pelo ar
nesta quadra à vela?

segunda-feira, 5 de julho de 2010

CONTINUANDO CRÓNICA

Ontem imaginei dizer que o leitor deve ser crónico, aceitando fazer uma crónica da sua leitura. Na realidade não disse isso, enquanto pensava com outras palavras. Terei sugerido... agora?
Escrevemos com e para os outros, quem me acompanha é quem me lê. Quando falamos com as letras, para escrever as palavras, construímos frases, personagens, somos o ser que se cria e recria a partir da matéria.
Agora sou ele, eu que não O sigo a Ele: Senhor, pastor guardador de rebanhos de ovelhas; sou o lobo ou loba, filho de Luso ou Lisa? Nem o Camões tinha a certeza...
Temos um elo Metafísico e esta minha Física, apta a captar a realidade da vida no real... Real que se cria com a realidade, vive-se e inventa-se. Vamos usar um até... até que se queira ou creia!
Para acabar o conto de hoje, nada mais preciso na breve história deixada no pesponto, p(R)onto. Também sou R, o Rede actor, actor na Rede (Net). Redentor?
R

LIBERTANDO AS SEMENTES

I - PARA ESCREVER

hoje vou dizer nada
a não ser
o que as palavras dizem
quando se libertam

II - PARA O CORPO

deixando a carne ficar
com(o) o corpo
onde temos raízes
caule e folhas

III - PARA O TEMPO

apenas aqui escrevo
o corpo de desejo
guardado no poema
viajando no tempo

domingo, 4 de julho de 2010

VOLVO

Civilizada pela tecnologia e pelo ambiente onde a mesma se desenvolve, onde volvo para escrever "online". Traduzo à letra "em linha", imagino escrever sobre o que apresentei onde agora volvo com VOLVO. Esta palavra, do verbo volver, na primeira pessoa do singular, no Presente.
Para entendermos a ficção, temos da sentir. Neste ponto... a presença da personagem é o melhor inicio para uma viagem que nos conduza a uma história, onde esperamos ser surpreendidos pelo conhecimento de vidas e vivências, numa experiência capaz de transcender o imediato no imediato. Imediatamente desejo ser outra empregue (em_pregada...) no prazer de sentir o lazer a matar a sede, tomando uma bebida. Todo o texto imaginei/imagino como uma viagem entre o Passado e o Presente, ficcionando o Futuro. Gozo sempre com a flexão dos verbos, este exercício mental do espírito. Para a realidade ser mais intensa, o leitor pensa estar a descobrir-se. Imagina como seria ser anónimo, escrevendo para quem o quisesse ler, fazendo um blog online.
Altura duma chamada (1) HISTÓRIA AOS QUADRADINHOS. Interessa na escrita conseguir visualizar sem necessitar de olhar, isso se (a escrita) consegue através da descrição: Mina entra no seu Volvo, desembraia o carro, liga a ignição, prepara-se... sai conduzindo: o outro está em nós.
- Como pensas o verbo Amar?, Eli não respondeu; visitei o mistério relendo.
[Mina]

Visita ao POEMA DIA, onde este poema pertencerá ao dia de amanhã, logo a partir das 00:00h

TEMA ESTE TEMA

I
futebol é paixão e sonho
onde se solta a vida
vendo ou correndo
atrás duma bola

faz como eu
gozando jogar
ou ficando aqui
mero espectador

este é o espectáculo:
fantástico e arrebatador!

II
o teu país joga
o teu clube joga
o jogo joga-se

falo por mim,
tenho este lema:
ganhe o melhor!

procuro ver (o) melhor...

III
o meu cluble?
sou da Académica!

é da minha cidade
e futebol é minha praia

IV
espectador expectante

V
o melhor

mesmo num jogo mau
há imprevisível...

a bola solta-se
indo dum pé à cabeça
tronco ou membros

e temos na baliza
um homem olhando
na defesa das redes
os outros à pesca...

tentando domar a sorte

sábado, 3 de julho de 2010

PONTO E VÍRGULA

Elísio, responde a Mina; Mina, escreve a resposta que gostaria de receber de Elísio:

Belo o teu poema, dessa beleza selvagem onde a razão entra na floresta virgem dos sentidos. Encarei deste modo o rosto das tuas palavras, onde procurei ler a tua cara, descobrir a tua expressão. Falas-te-me mostrando como a casa do amor fica no dentro/fora da percepção do outro/mesmo, somos sendo este movimento de um ao outro, do outro enquanto "metade de mim". Chamou-me a atenção, prendeu-a e guardou-a doando-ma renovada e mais ampla, este aspecto: «parece só viver aqui». Deu-me e dá-me o espaço de definição da indefinição: onde está a casa do Amar? Onde começa a rua? Virada para dentro, na casa; virada para fora, na rua?
Mencionar o «mistério», esse segredo bem guardado, a poesia do amor: o teu poema, Poesia e Amor.
Beijos de todas as cores, como bolas de sabão soltas ao Sol!
[Eli]

TRANSA SUBSTANTIVA

selvagem a Beleza
encontra-se com o Gosto
com gosto transam
na transacção dos corpos

(é belo vê-los cruzar
bem os seus significados
profundos, vão fundo.!.)

sexta-feira, 2 de julho de 2010

ONDE COMEÇA A RUA

Eli, teu nome, cortado pequeno, é quase uma combinação de dois sons "é" + "li". Mas, uma coisa tão simples, não fica reduzida no significado e compreensão do fenómeno (acho que abre a frase... este substantivo: fenómeno). Espero gostes (para mim não está mal, mas... parece-me um nome de Israel).
Meu amigo, a vida não é o que se gostaria de encontrar, compreender e viver e amar? O amor, amar. Talvez já tenhas pensado esse verbo, ele será a questão do dia. Será deste modo:
- Como pensas o verbo Amar?
Olha, tu és o meu leitor, não me conheces, como vais precisar... dar precisão à minha pergunta? Ao mesmo tempo que estou fazendo a pergunta, ela obriga-me a questionar-me. Posso acreditar que será um bom exercício para ambos. Porquê?
Vou dar uma resposta, a minha resposta é escrever e imaginar como poderei ser lida. O meu texto torna-se uma prosa sobre a escrita, segundo as nossas escrituras, no último dia, ao primeiro minuto, neste momento agora, existem duas pessoas que encontram o mesmo objecto de interesse: uma primeiro, a outra neste exacto momento.
[Mina]

ONDE COMEÇA A RUA

o verbo amar
faz do mistério casa
pois parece só viver aqui
onde começa a rua?

quinta-feira, 1 de julho de 2010

O ÓBVIO

Chego à noite a casa, tenho o teu email, junto-lhe a vontade apercebida de escrever. Esta é a minha resposta ao teu email? Não, é a ideia de fazer da escrita uma cor_respondência. Hoje sirvo de personagem à minha história, sou aquela que procura na sua presença ver uma alegoria estranha. Dizê-la, fazer ou mostrar? Uma coisa e outra, mostrar ao fazer, como se faz ao dizer o óbvio.
[Mina]

PROBABILIDADE

vem poema, inventa
da tua probabilidade
deixando-a acontecer

quarta-feira, 30 de junho de 2010

UM POEMA

Esta folha questiona-me sobre se sei o que é um poema, eu agradeço começando um breve conto onde, quem me ouve (em todos os sentidos) sabe: Houve o espanto... O verbo a procurar no Tempo as suas flexões, muda segundo o modo no evoluir do tempo.
Nos seus tempos… Há, um Tempo imutável. O poema é a substância da palavra usada, sentida, tida de forma substantiva: ida ao Id. Na sua estrutura inata, chegar e libertar Ego e Superego. Libertando o Ego, tudo se torna um Lego: (é) este jogo.
Ignorando o Superego «que se desenvolve a partir do conhecimento moral e valores do indivíduo», aquilo que sabes para… pára: (é) o que não sabes! O poema está pronto a definir-se, (é) escrita a escrever-se Poesia, a permitir perceber como poema um poema, como esse: SE/se
[Mina]

«O aparelho psíquico é formado por três estruturas:» 
«Id: conjunto de energias psíquicas que determina os desejos do sujeito»
«Ego: estrutura onde está todo conhecimento que o indivíduo possui de si e sobre o meio»
«Superego: estrutura que se desenvolve a partir do conhecimento moral e valores do indivíduo» 

JANTO…

admiro o admirar
onde ele existe
(é) espanto

terça-feira, 29 de junho de 2010

LUXÚRIA

a palavra
a sentir
a entrar
a deixar
o dedo (na ferida)... na fenda.!.

§

acrescenta às palavras
o peso dos dedos
acariciando...

PÉTALAS DE ROSA
ou prosa

Acrescentando às palavras o peso dos dedos a acariciar... pétalas de rosa.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

DE ÁGUA NA BOCA

Vêm, que me encontrarás nua e perfumada na cama à tua espera.

DE ÁGUA NA BOCA

Vêm
que me encontrarás
na cama
nua
e perfumada
à tua espera imaginando
o teu cheiro
o teu sabor
a tua paixão

mansa como um desejo
onde a certeza
mora
com a alma certa
duma calma
feita
de alma

como
a Poesia
de cada palavra
trabalhada
neste meu labor
de avançar no corpo
do poema amando a Língua

aquela(s) com que segredo
e segrego
a água
que me dás e deixas
quando
penso em ti!

A palavra, a frase, a prosa, a rosa. Tudo tem de ser justo, preciso, necessário, como a Verdade, a Liberdade, a Vida, a Poesia. Imaginas, sentes, escreves o poema antes de poisar a primeira palavra. Quando vais escrever, é só soltar as palavras, deixá-las voar. O poema é matéria de sonho, e, escrever, é sonhar. Acordar? A escrita, um breve ou longo despertar! A Iluminação do Budismo, é isto, a Luz que luz... (nas palavras que mantêm acesa a chama)

domingo, 27 de junho de 2010

POEMAS PARA LER DE OLHOS FECHADOS

É de forma paradoxal que melhor dizemos o que sentimos de forma mais profunda e completa, o que nos completa é a contradição que nos aproxima da impossibilidade ou da possibilidade compatível com o estar "fora no dentro/ dentro no fora". Substitua-se "no" por "nu" e tu verás como não há... você?
Você salta do Mundo para o Espaço, vira extra-terrestre. Assim somos....
Também ontem deixei escrito o que hoje publico. Assim:

«
TREMOR DE TERRA

O sentido figurado da linguagem é usado na Arte para tentar chegar às ideias tacteando o percurso onde o encontro se encontra connosco, deixo esta como sendo a explicação para um poema que estabelece réplicas como os tremores de terra.

NU MEAR PALAVRAS

I
MASTIGA AS PALAVRAS

deixa que o poema te invada
transformando-se todo ele
em carne e sangue vivo
da tua poesia a viver
esse momento onde fazes
o tempo acontecer de novo
como um deslumbramento

mastiga as palavras

II
IMPORTÂNCIA DO NOME

descobre o nome a dar
às coisas que procuras ver
de modo a saber dizê-las
através da sua nomeação
como o que te ocupa
pois essa ocupação és tu
através do que consegues

na importância do nome

III
O NOMEADO

agora esquece o que sabes
pois de nada te vale
és quem nunca foste ainda
no que acrescentas
resta {-te] subtrair-te a tudo
aquilo capaz de trair
tudo que é determinismo

fica com o nomeado
»

AGORA

Como se, entre antes e depois, o agora tivesse a diferença  ̶̶̶  para ser depois? Assim, permanentemente nos ultrapassamos.

sábado, 26 de junho de 2010

AVENTURA E DIVERSIDADE

Sabes o que estou a fazer? Não faço ideia, procuro-a. Junto a prosa à poesia, advogando que há sempre uma ideia presente que pode catalisar a escrita ou nela ser descoberta. Neste caso, espero a descoberta. Depois desta certeza, eu e as dúvidas ficamos em divida com a incerteza, abandonando-a. Coisa triste, abando nar seja o que for. Principalmente quando se abandona algo que não nos abandona, pois sempre nos abona do insólito símbolo da  aventura e diversidade.
Falta a Poesia, ainda hoje não lhe toquei.

(TOCAR) A POESIA

dois dedos de prosa
com a mão da fantasia
libertando os fios

desta marioneta
onde vive a inspiração

à espera de se ver verso!
Assim

sexta-feira, 25 de junho de 2010

1: CORAÇÃO DO ÁS

Voltando à técnica de anteontem, é noite e escrevo para amanhã. A ideia agrada-me, faço dela "guia espiritual" e dou-lhe um nome secreto, personifica deusa ou entidade tutelar. Baralho e embaralho sem barulho, um maço virtual de cartas de jogar, com um só naipe. Vou agora tirar uma carta à sorte, estabelecendo esta entre figuras e números. De treze cartas tenho quatro figuras ou nove números, o coração do Às é a figura que me sai: o nº1.
Vou agora deitar, a história não tem Moral, deixo a moral da história para amanhã: tudo se joga na leitura. Quanto à sorte, na escrita, é o que inventas; assim (A)parece.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

INTERPRETE

INTÉRPRETE


viaja no silêncio
até conseguires dizer
o que escreves

nessa altura
escreve o poema

pois és seu intérprete
Assim

O poeta pode e deve escrever-se outro, para dizer ao leitor que interprete o que é ser intérprete da Poesia!
Beijos e abraços, assim até ao Fim.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

HOJE ESCREVI ONTEM

HOJE ESCREVI ONTEM

Ontem publiquei o que tinha deixado escrito no dia anterior, se amanhã o mesmo fizer, hoje escrevi ontem.
Enquanto narrador gosto da estratégia de evitar a estratégia como estratégia, isto comporta a fundamentação ontológica da existência do criador: se ele decide, o que decidir faz de mim criador. Vale o que vale, o que pode ser tudo ou nada. Nada não é certamente e o tudo não bate assim?...
Vou deitar!
Ah, já agora, o Assim, assim:

PEGA NO POEMA

pega no poema
como se ele tivesse pernas
para andar

o que quer dizer:
segue-o

vai onde ele te levar!
Assim

LEVA O POEMA

leva o poema
até às ultimas consequências


nitidamente
como o desenho dum sinal

onde te reconheças
Mim

BAPTISMO

eu queria estar no baptismo
como o bebé que leva com a água
benta na cabeça

seria surpreendido
sem saber que o fora

manter-me-ia igual, chorando?
R

VAMOS VER...

As personagens sou eu a escrever o que há de visão, de ver, na escrita. Mas, há mais, prometo que amanhã medito e, está dito, acrescento à história mais história. Algo que a transforme nisto, isto é: vamos ver!

#

@ emoção redonda
como uma bola
de futebol
move
todo mundo
@ este evento
COPA DO MUNDO!

terça-feira, 22 de junho de 2010

A SITUAÇÃO

Posso, podia, interessar-me pela história. Contudo, com tudo, ela acaba por vir atrás do narrador se ele continuar a marrar para a frente...
Criemos a situação:

O QUE É UM MILAGRE?

milagre para mim é esta palavra
trazer a poesia e o sonho
fertilizando a sua própria lavra
quando libertando a exponho

dando-lhe esta forma dúctil
onde consegue metamorfosear
tudo que é prático ou fútil
mas ainda conseguindo alienar

a face louca da nossa razão
onde não me esqueço do amor
a igualar toda esta equação

conhecendo o estimulo sentir
a matéria do que nos dá valor
se da vida nos soubemos parir
 
Façamos o narrador acontecer palavras, ao incluir um poema, fica poeta.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

MAIS ALGUMA COISA

Se estava à espera que hoje escrevesse mais alguma coisa, acertou! Vou mesmo escrever mais do que "mais alguma coisa", vai ser com músculo: MAIS ALGUMA COISA. Claro é coisa de Eros, a erótica proporção da palavra erigida menhir para a alma mugir à Lua e ao Sol, podendo o Homem mungir a Poesia!

Isto é a continuação duma história que começa e se renova a cada dia que passe, passa... Passa por acrescentar alguma coisa nos dias, a escrita, esta matéria viva que é matéria da vida.

Agora estou por conta do Futebol, vou acompanhar o Mundial. Para a história e haverá sempre História para o registo dos mundiais, fica um 7 - 0 do jogo Portugal - Coreia do Norte de hoje.

domingo, 20 de junho de 2010

HISTÓRIA AOS QUADRADINHOS

I - PONTO FINAL

A minha história nem todos os dias é igual, alegra-me a desigualdade, transforma-se de equação em inequação, é uma permanente inequação. Quando a transformo em equação tento fazer uma frase acabada, sem uso de ponto final

II - SEGUNDO PARÁGRAFO

Faço um novo parágrafo e passo adiante, como se diante do infinito me movesse a uma velocidade superior à da Luz onde Nossa Senhora bóia e fala aos Pastorinhos ainda aquando da revelação do Terceiro Segredo de Fátima

III - SAGRADA ESCRITURA

Quando o Vaticano abre as suas portas para revelar um novo mistério das Sagradas Escrituras, reunindo bispos para produzir uma encíclica ou coisa que lhes valha, entendo estarem reunidas as condições para acrescentar um novo parágrafo à história aos quadradinhos

IV - CONTINUAÇÃO - TENTATIVA DE CHEGAR AO MICROCOSMO

Demora tempo, valendo sempre a pena: a alma não ser pequena (escreveu Pessoa «tudo vale a pena se a alma não é pequena»; se ele soube o que queria dizer, sabia mais que eu e isso não me apoquenta, se me diminui... é esta tentativa de chegar ao microcosmo)

sábado, 19 de junho de 2010

DESTINO & DIMENSÃO

Saramago era foi há-de continuar
a ser o primeiro Prémio Nobel
português na área da Literatura
e assim nos temos a nós com ele

entregues a uma perene memória
humana necessariamente frágil
merecedora do que mais atrai
o eterno para ser já um destino

&

só quem dá da memória história
deixa escrita a verdadeira alma
da qual adquire tempo e espaço

uma vez nomeada e recordada
ganha a Fé e os dons de Deus
omnipotência, omnipresença...

(o) inefável dom da ubiquidade!

sábado, 1 de maio de 2010

Continuando

Um mês passa quando acabam os dias que o compõem, aconteceu ontem. Hoje, tentando recuperar o dia de ontem, escrevo uma ligação para o que publiquei. Ao fazê-lo publico, recupero a presença no blog. Continuando-o!

domingo, 14 de março de 2010

Vamos continuar

Vamos continuar a descrever a descrição, mantendo-a, retomando-a, fazendo-a, recorrendo a diversos verbos - enriquecendo a acção.

terça-feira, 2 de março de 2010

CONVITE


 
ERETO/FALO 

http://www.allprinteditora.com.br/produtos_det.php?cod_produto=378
LIVRARIAS ON-LINE:
 
LIVRARIA MARTINS FONTES PAULISTA.COM.BR; LIVRARIA SARAIVA; LIVRARIA CULTURA
 

À Luli,
A gratidão é um sentimento, podem as palavras tentar dizê-la e isso lhe seria fatal!
A gratidão não é pois uma palavra que pomos em palavras, é o bater do meu coração neste desejo de te agradecer!

domingo, 21 de fevereiro de 2010

I

Os dias, mais ou menos, são o que queremos, decorrem entre o

II

que nos propomos e o que conseguimos. Hoje propus-me viver

III

um século, tudo vai depender do que queira viver em cada dia

IV

desse século. Se cada dia se resolver num minuto, vivo o século