Hoje vou deixar de ser Mina, menino ou menina. Pai-Piti-Pã, reencarno um espírito do Haiti... vou ler e escrever para si a partir de PÁRA-RAIO DE LOUCOS, de Borboleta.
PÁRA-RAIO DE LOUCOS chega-me do Brasil com capa amarela e a insinuação, no grafismo, da presença de pontos de pontuação. Entre eles, a barriga alta dum ponto de interrogação? Além do título, o autor, borboleta, vem a negrito em letras minúsculas. Falta mencionar a editora Assis/Editora, está feito um parágrafo para a capa.
Abrindo o livro, leio nas orelhas. É aqui que me transformo ao ler Pai-Piti-Pã, pois é ele o autor duma leitura que chama a nossa atenção para o livro. O que diz ele? Resumir dá-me vontade de sumir, mas... vou passar o inicio... começa com breve diálogo que vale a pena ler! O livro existe, procurem-no. Se alguém se confessar, talvez venha a deixar o endereço. Não é promessa, para já sem pressa, ainda só espreitei para as páginas interiores.
O livro agrada-me. Quanto ao autor, pode não ser índio mas lê-se logo abaixo do copyrigth© by Fábio Amorim de Matos Júnior:
«Por idiossincrasia do autor, o presente livro não adopta as regras estabelecidas pelo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 1990, que entrou em vigor no Brasil em 2009.»
Com toda esta informação comecei a folhear o livro, com cuidado, sem o desfolhar, mantendo suas pétalas no lugar, como se ele fora, e neste momento é, a Rosa.
Vou deixar aquele que é, aqui no Diário de Letras, salvo erro, o primeiro dueto. Mereci? Mérci!...
Respondi:
VELEJANDO
a Eliane Guaraldo
procuro a Poesia
para aprender a cantar
esta minha fantasia
de te poder encantar?
na verdade escrevo
o que me fascina;
onde vive um trevo
da sorte, nesta página?
como o encontrar
plantado nesta tela
semeado pelo ar
nesta quadra à vela?
A tua viagem é infinita,
ResponderEliminare vai enchendo a caravana por onde passa,
com mais poesias e euforias.
Vai deixando todo um abecedário
repleto de formas vividas!
Bela viagem aqui na terra Poeta!
Tens muitas histórias para muitas
vidas contar.
Efigenia
Velejei por muitas eras
ResponderEliminarviajando, mar-a-mar
sempre toscas primaveras
sempre pronta a viajar
Aportei por umas letras
de tão longe a me chamar
de silente anacoreta
pus-me em ti experimentar
Vinhas, vinhos a me dar
o trevo de sorte, seria?
que atrevo-me buscar
entregue, tua magia
não cessa de me encantar
onde estás, está poesia.
JUNTO AO MAR
ResponderEliminarfeito de imensa saudade
dando um salto ao passado
o coração não tem idade
se fica alegre e perturbado
onde a paixão ganha lume
pelo sonho uma aventura
nas asas dum vaga-lume
a liberdade não se atura
é meu lado apaixonado
a fazer-me amar a Lua
todo amor a seu lado...
vivendo com a fantasia
onde minha alma é tua
na presença da maresia
A poesia dá para tudo... acabei de a escrever num dueto; agora "a solo", aqui deixo o poema a saltar ao eixo... pois, «viajando, mar-a-mar» parece que nem de propósito... permite responder ao teu soneto! Abraço transatlântico!!