segunda-feira, 28 de junho de 2010

DE ÁGUA NA BOCA

Vêm, que me encontrarás nua e perfumada na cama à tua espera.

DE ÁGUA NA BOCA

Vêm
que me encontrarás
na cama
nua
e perfumada
à tua espera imaginando
o teu cheiro
o teu sabor
a tua paixão

mansa como um desejo
onde a certeza
mora
com a alma certa
duma calma
feita
de alma

como
a Poesia
de cada palavra
trabalhada
neste meu labor
de avançar no corpo
do poema amando a Língua

aquela(s) com que segredo
e segrego
a água
que me dás e deixas
quando
penso em ti!

A palavra, a frase, a prosa, a rosa. Tudo tem de ser justo, preciso, necessário, como a Verdade, a Liberdade, a Vida, a Poesia. Imaginas, sentes, escreves o poema antes de poisar a primeira palavra. Quando vais escrever, é só soltar as palavras, deixá-las voar. O poema é matéria de sonho, e, escrever, é sonhar. Acordar? A escrita, um breve ou longo despertar! A Iluminação do Budismo, é isto, a Luz que luz... (nas palavras que mantêm acesa a chama)

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